sexta-feira, 6 de junho de 2008

Seriously

Go Speedy Racer, Go!
E aí, no fim de semana passado, fui conferir a dica dada pela coluna. Speedy Racer, a adaptação do clássico anime para a telona pelas mãos do irmãos Watchowski – independente de quem seja o diretor (quem mesmo?).

Constatação um: é um fime “família”, isto é, é um filme para ciranças. O visual psicodélico dominantepoderia ser inovador, se não cansasse. O ritmo lembra uma propaganda, algo como Pushing Daisy (o seriado) meets Coke (o refrigerante). Só que mais colorido.

A história você já viu antes. Speed é o novato que reluta a adentrar o sistema, preferindo ficar na sua equipe familiar em vez de entrar para um os grandes times. Seria Speed contra todos, o idealista contra o cartel de corridas forjadas, não fosse o Corredor X, que assim como no desenho animado, é o personagem que mais chama atenção. A não ser que você seja um garoto de 7 anos e prefira a dupla Gorducho (Ah, essas traduções...), irmão caçula do personagem principal, e Zequinha (Ah, essas traduções... x2), o chimpanzé de estimação.
Ou ainda, prefira a versão quase pin up de Christina Ricci. Hum.

Duas horas de diversão garantida. E ainda sobra tempo para uma sonequinha no escurinho e ar-condicionado do cinema.

I Heart Sitcoms
Nas próximas colunas comentarei alguns de meus seriados favoritos. Uns 10, só para ficar um Top 10.
O décimo é o Greek, que já falei aqui. Então tecnicamente seão nove. Whatever...

O critério foi simplesmente: qual enlatado norte-americano eu estou acompanhando com alguma regularidade nos últimos tempos e acho bem legal?

Isso exclui o hour concours Seinfeld, porque não estou vendo as reprises ou os DVDs. Mas eu poderia colocar Frasier ou Friends, se visse as reprises na TV a cabo.

Sugestões e críticas são bem-vindas.

Brazilian Music Festivals
Se os boatos (leia, o blog do Lúcio Ribeiro) estiverem com pelo menos 50% de verdade, o segundo semestre será cheio de ótimos shows no Brasil. Digo, São Paulo, Rio, e mais Curitiba, BH e Porto Alegre, talvez.
Kaiser Chiefs, Gossip, Klaxons, Amy Winehouse (duvido!).

E o novo álbum do Weezer, hein?
A escutar.

sexta-feira, 16 de maio de 2008

Seriously

Ah, a terceira coluna!
Provavelmente estou em débito com o Marco.
Tentarei melhorar. Seriousl...

Medalha de Prata

Estreiou no último feriado a mais nova adaptação (don’t you just love them..?) dos quadrinhos da Marvel. Depois dos carros-chefes X-Men e Homem-Aranha, seguido pelos quase-segundo-escalão Quarteto Fantástico (e Surfista Prateado) e Hulk, chegou a vez do Homem de Ferro.

Pela primeira vez em uma adaptação cinematográfica de um herói da “Casa das Idéias”, o financiamento foi todo da editora. E assim, com tanta expectativa, o filme traz o multi-bilionário Anthony “Tony” Stark, que, com liberdade poética da transposição dos quadrinhos para a telona, para lidar com sua condição física, constrói uma armadura que é uma máquina de guerra.

Don’get me wrong... a mudança da origem do herói ficou bem razoável, comparável ao novo caminho que Batman tomou com a direção de Cris Nolan. Em tempos de Guerra contra o Terror, nada mais justo que o solo afegão seja o cenário da criação do personagem-título.
E lá, em dentro de uma caverna digna de Osama bin Laden, com apenas algumas chapas de metal, um palito de dente e goma de mascar, o genial engenheiro Tony Stark faz a primeira versão de sua armadura, deixando McGyver com inveja, onde quer que ele esteja. Sem o charme e cores vibrantes da versão definitiva, mas com lança-chamas.

Um grande herói só se faz com um grande vilão. Neste caso, mais um problema para o “invencível”* Homem de Ferro. O vilão é fraco. E esse é o principal problema dos heróis menos conhecidos pela maioria. Tivessem todos os heróis um Coringa, Magneto ou simplesmente um grande olho em cima de uma montanha...

Efeitos especiais de primeira linha, é claro. O mínimo que se pode esperar de uma produção desse porte.
Elenco tão bom quanto. Por vezes, não é o que acontece com produções desse porte.
Gwineth Paltrow faz a mocinha de forma competente (esperamos que ela não pare de fazer filmes, como apareceu no UOL outro dia), e Robert Downey Jr. ressurge como o protagonista bon vivant de pensamento rápido e humor ácido. E que “ficou” com as doze capas da Maxim (Maio na verdade não, mas em Dezembro foram gêmeas).

Só não leva a medalha de ouro por pequenos detalhes.
*: o Homem-Aranha é o “amigo-da-vizinhança” e é Espetacular, assim como os X-Men são Fabulosos. Tenho quase certeza que esses “títulos” foram citados. O Homem de Ferro é Invencível. Nerd stuff.
Deixemos isso para as continuações.

Mas o motivo real é que Tony Stark era alcólatra. No filme ele é tratado simplesmente como um bon vivant. E isso faz diferença.
[Fã reclamão apontando falhas no filme MODE OFF]
E olha que eu não conheço muito do Invencível Homem de Ferro...

Go!
Estréia neste fim de semana, a adaptação (Don’t you just...) de Speed Racer.
Musiquinha viciante na cabeça e irmãos Wachowski na produção são motivos mais do que suficientes para uma sessão de cinema.

Seriously
Só porque é a terceira coluna e ninguém perguntou.
Chama assim por causa do momentâneo vício em Grey’s Anatomy.
Sony já na quarta e ainda preciso ver a terceira temporada...

sexta-feira, 18 de abril de 2008

Seriously
Ah sim, o nome da coluna é mesmo Seriously...

Adaptation
Há muito tempo atrás, no mesmo blogspot que sucede o Educultição aí em cima, eu tinha um blog. Com fins nada nobres como este aqui, simplesmente para estravasar os dotes jornalísticos e escriturísticos que finjo ter. Claro, e pelo meu ego – simm contar acessos!

O nome, como não podia deixar de ser, era uma homenagem a um dos melhores filmes dos últimos tempos (bem últimos, porque hoje já faz um tempinho razoável), o excelente Adaptação, de e com o roteiro assinado pelo insano Charlie Kaufman, que também foi responsável pelos tão bons quanto Brilho Eterno de uma Mente sem Lembranças e Quero Ser John Malchovich.

E esse é só o gancho para poder falar de...

Stardust, o filme
Vi no último fim de semana a adaptação cinematográfica do livro de Neil Gaiman. Estou em atraso com a leitura e, apesar de já ter acesso a sua obra-prima, a série Sandman, ainda não a li. Mas li o Stardust. E sobre o filme, o que se pode dizer é que, como adaptação ele é um mediano blockbuster.

Seriously... Qualquer filme que conte com a presença de Claire Danes será “ruim”. Neste, ela dá seu brilho a Yvanna, a estrela que caiu no reino de Stormhold, logo ali no interior de uma Inglaterra elizabethana.
Ali, além do muro do povoado de Wall (a-há!), onde fadas, bruxas e príncipes coexistem, e o jovem Tristan Durnst adentra para conseguir a sua estrela. Ou melhor, sua não, já que ela será usada para conseguir a mão da bela Victoria (a modelo, atriz e trendsetter Sienna Miller).
Tristan, que já sabemos ter sido concebido além da muralha, parte então para sua viagem de ida e volta em uma semana – tempo que pode decorrer para que ele não perca Victoria para seu rival, os quais já estão de casamento marcado.
Paralelamente a sua descoberta de que a estrela cadente atende pelo nome de Yvanna e tem a (boa) forma de Claire Danes dois outros eventos se desenlaçam.
Quatro, digo, três príncipes partem em busca do medalhão que derrubou Yvanna do céu, e aquele que conseguir tomará o lugar do recém-falecido pai como rei de Stormhold. E uma bruxa sai à procura da estrela para arrancar e devorar-lhe o coração junto às duas irmãs, para assim voltarem à juventude – com o resquício da última estrela guardada, a velha bruxa volta à (também boa) forma de Michelle Pfeifer .

Efeitos especiais razoáveis, um protagonista que é apagado ao lado do elenco de nome – que ainda conta com Robert de Niro como pirata-barra-gay-enrustido como alívio cômico que não funciona –, e um roteiro que subaproveita a história de Gaiman garantem ao filme duas horas de diversão para àquele domingo à tarde chuvoso com TV a cabo fora do ar e internet idem.


Stardust, o livro
Recomendado, o livro que dá origem ao filme mostra com muito mais fluidez e detalhes a história de Tristan e Yvanna. A própria concepção de Tristan ganha um capítulo à parte, o primeiro, que, sim, é inviável cinematograficamente. Mesmo assim, o livro ganha de longe, com muito mais riqueza – eventos que no filme são aleatórios e bruscos passam a fazer todo sentido.
Caso nenhuma das obras tenha sido apreciada, comece pelo livro e depois surpreenda-se (positivamente) com o livro. Logicamente, eu li o livro pouco antes de ver o filme, surpreendendo-me (negativamente), o que derruba em duas estrelas extras qualquer avaliação que seja dada.

Capa Tau vs Omega Chai
Para quem se cansou das reprises do ótimo The Big Bang Theory, na Warner, o Universal Channel passou a transmitir Greek. A nova sitcom de título-trocadilho mostra o dia-a-dia de Rusty, calouro que tenta conciliar Engenharia e a fraternidade Capa Tau – liderada pelo ex de sua irmã.
Sua irmã, por sua vez, faz parte da Zeta Beta Zeta, a Pussycat Dolls das irmandades do campus, e namora o líder da Omega Chai.
Se o Will Smith de Fresh Prince of Bell Air, com jeans surrado e boné para trás, estivesse presente, estaria na Capa Tau. Seu primo Carlton, com suéter, gola da camisa para fora e sapato lustrado, estaria na Omega Chai. Os estereótipos do college estadunidense estão todos lá.

Entretanto, como no Brasil as maiores conquistas dos centros acadêmicos das universidades brasileiras são invasões à reitorias (com protestos regados com discursos vazios e violência) e festas (onde drogas legais e ilegais dominam o ambiente), é divertido ver o funcionamento exagerado, distorcido e cômico de brotherhoods e sororities.

PS: quem entender o trágico parágrafo acima na primeira leitura sem voltar ganha... um parabéns.

Correção
O nome correto do filme é Antes do Amanhecer, e não Antes do Nascer do Sol, como escrevi na estréia.

sexta-feira, 28 de março de 2008



Seriously

"Cara criei um blog e estou precisando de um colunista de cinema... e adivinha, é você."
E foi assim que a partir de agora, quinzenalmente às sextas, escreverei sobre Diversão, Cultura e Educação. Cinema, TV e música devem aparecer mais, mas sempre haverá espaço para coisas como a exposição da Tarsila do Amaral, que, aliás, terminou (Perdeu, prayboy! Rá!). Como diria Hulk no Marvel vs. Capcom: Let's rock!

Juno
Vou dizer que é o melhor dos filmes que concorreram ao Oscar, mesmo sem ter visto os Javier, Daniel, George ou Keira (Hum... o cara vai escrever sobre cinema e não viu nem os filmes indicados ao Oscar, isso um mês depois de tudo acontecer... bela credencial...).

A história - que se você ainda não sabe, ao terminar de ler este texto, deve ir direto para o cinema mais próximo (pirataria é crime!) - mostra a adolescente Juno McGuff, que ficou grávida de seu melhor amigo, Paullie, tentando encontrar um casal para adotar o bebê. Encontra o par ideal em um anúncio de jornal: Mark e Vanessa, um casal que mora em um subúrbio a la Wisteria Lane e que já tentavam há tempos conseguir um filho.
Elenco e roteiro fazem com que os espectadores não se distraiam nem por um segundo. Jennifer Garner (Alias) faz a futura-mãe-neurótica e Jason Bateman (Arrested Development) o marido que ainda aspira se tornar uma estrela do rock. Você vai se lembrar de Michael Cera, de Superbad, fazendo o papel de Michael Cera, em Superbad (esqueça o "tracinho-É-Hoje-ponto-de-exclamação" que o filme ganhou na tradução para o Brasil). Mas quem rouba a cena é mesmo Ellen Page, indicada ao Oscar de melhor atriz, no papel-título. Além de todos os trejeitos da teen, ela também ajudou na escolha da trilha sonora, o que muito em parte ajudou na composição da personalidade da personagem. Ah sim, e J.K. "Parker, you´re fired!" Simmons, como pai de Juno!
A responsável por tudo isso é Diablo Cody, que era stripper em NY e depois lançou um livro contando as suas experiências. Mais ou menos como uma tal de Bruna Surfistinha, aqui no Brasil. A diferença é que depois ela foi para o tapete vermelho e levou uma estátua dourada para casa, enquanto a Surfistinha veio da luz vermelha e foi fazer o único filme em que seria capaz de atuar.
PS: a trilha sonora é recomendadíssima.

Man Eater
Acabou semana passada, na maior audiência que já presenciei na Pinacoteca do Estado, a exposição com as obras da Tarsila do Amaral.
Fui no sábado, com uma chuvinha fina. Portões ainda fechados e muita gente já de guarda-chuva aberto. Entrei rápido e ao longo de uma hora foi possível ver de perto os clássicos dos livros de literatura (Abaporu e os demais da fase antropofágica, a mais famosa) e de história (Operários, que sempre aparece no capítulo de Revolução Industrial).
É sempre bom ver o acervo permanente, ainda que algumas áreas estavam fechadas, além das demais exposiçõs, de artistas que não lembro o nome.
Se não estivesse acabado, seria mais uma recomendação.

And that's that
Acabou.
Mas fiquem ligados na programação do Reserva Cultural, que ainda está passando os filmes do Oscar (ainda tenho chance!) e outros que chamam atenção, como 2 Dias em Paris - só porque tem a Julie Delpy (Antes do Pôr do Sol, melhor que o original, Antes do Sol Nascer) e Daniel Brühl (Adeus, Lênin, melhor que Edukators).